Por fim, a praia. Teus olhos molhados e nele não vejo mais nada.Sim, eles são verdes e brilhantes, mas há qualquer coisa de lúgubre nos ângulos que se formam, e, também, os teus dentes atrelados um ao outro - é bem triste- não me dizem mais nada. Nada.Atravessamos a rua apinhada de carros e caminhões de carroceria extensa (os ônibus cospem fumaça negra), atravessamos a rua em ziguezague e não nos damos as mãos- sim, é muito triste. E se pedimos mais uma cerveja, não sabemos o porquê. Não sabemos a quem brindar: não há mais tanta alegria em nossa conversa. Não há. Um peixe estremece no balde vazio antes de morrer. Por fim, quando chega a hora de dormir, não escutamos mais os grilos, as ondas ou os gatos que deslizam pelos telhados úmidos, nem mesmo um cachorrinho uiva para a lua, nada, nada; é bem triste. Simplesmente viramos cada um para o lado e caímos em sono profundo navegando além e sem prumo por sonhos blindados, distantes, escuros.
enviado por Natércia Pontes.
enviado por Natércia Pontes.


5 Comments:
At 1:55 PM,
Anônimo said…
mto bonito. o peixe desistindo no balde é uma bela imagem. Mande mais!
At 5:53 PM,
Anônimo said…
sim, mande mais.
At 11:23 PM,
CFagundes said…
Saudades de todos.
Natércia, tu manda bem demais. João, cadê vc?
Luis e Ric, mandem notícias, escrevam algo sobre a terra daí!
At 1:14 PM,
natércia pontes said…
brigada amigos. luiz, tu ta todo sotaquezinho ceará né. quero ver quando chegar aí?
joão, outro dia vi que ziguezague é junto. quando tu tiver tempo tu meda. ( sou chata né?) um beijão.
At 9:45 AM,
Anônimo said…
Luiz e Ricardo, escrevam alguma coisa. Cris, estive em Natal, mas já estou de volta. Natércia, realmente, de acordo com o Aurélio, "ziguezague" é junto. beijos a todos.
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