No, Plato, no
I can’t imagine anything
That I would less like to be
Than a disincarnate Spirit,
Unable to chew or sip
Or make contact with surfaces
Or breath the scents of summer
Or comprehend speech and music
Or gaze at what lies beyond.
No, God has placed me exactly
Where I’d have chosen to be:
The sub-lunar world is such fun,
Where Man is male or female
And give Proper Names to all things.
I can, however, conceive
Tha the organs Nature gave Me,
My ductless glands, for instance,
Slaving twenty-four hours a day
With no show of resentment
To gratify Me, their Master,
And keep Me in decent shape,
(not that I given them their orders,
I wouldn’t know what to yell),
Dream of another existence
Than that they have known so far:
Yes, it well could be that my flesh
Is praying for “Him” to die,
So setting Her free to become
Irresponsable Matter.
Não consigo pensar em nada
Que eu desejasse menos ser
Que Espírito desencarnado
Sem poder comer ou beber
E nem contactar superfícies
Ou sentir os cheiros do estio
Ou compreender palavra e música
Ou olhar para o que está além.
Não, Deus me colocou bem lá
Onde eu teria escolhido estar:
Bom mesmo é o mundo sub-lunar,
No qual o Homem é macho ou fêmea
E dá Nomes Próprios às coisas.
Posso, porém, conceber que os
Órgãos que Me deu a Natureza
Tais as minhas glândulas endócrinas,
Dando duro vinte e quatro horas
Sem mostrar ressentimento,
Para satisfazer-me, o Mestre,
E manter-Me sempre em boa forma
(não que eu lhes tenha dado as ordens,
pois não saberia o que gritar),
sonhem com uma outra existência
que não a que até então conhecem:
sim, talvez minha carne esteja
rezando para que “Ele” morra
e, livre, Ela possa tornar-se
Matéria irresponsável.
(J.M.J)
W.H. Auden. In.: Poemas. Tradução e introdução de José Paulo Paes e João Moura Jr. SP: Companhia das Letras.
I can’t imagine anything
That I would less like to be
Than a disincarnate Spirit,
Unable to chew or sip
Or make contact with surfaces
Or breath the scents of summer
Or comprehend speech and music
Or gaze at what lies beyond.
No, God has placed me exactly
Where I’d have chosen to be:
The sub-lunar world is such fun,
Where Man is male or female
And give Proper Names to all things.
I can, however, conceive
Tha the organs Nature gave Me,
My ductless glands, for instance,
Slaving twenty-four hours a day
With no show of resentment
To gratify Me, their Master,
And keep Me in decent shape,
(not that I given them their orders,
I wouldn’t know what to yell),
Dream of another existence
Than that they have known so far:
Yes, it well could be that my flesh
Is praying for “Him” to die,
So setting Her free to become
Irresponsable Matter.
Não consigo pensar em nada
Que eu desejasse menos ser
Que Espírito desencarnado
Sem poder comer ou beber
E nem contactar superfícies
Ou sentir os cheiros do estio
Ou compreender palavra e música
Ou olhar para o que está além.
Não, Deus me colocou bem lá
Onde eu teria escolhido estar:
Bom mesmo é o mundo sub-lunar,
No qual o Homem é macho ou fêmea
E dá Nomes Próprios às coisas.
Posso, porém, conceber que os
Órgãos que Me deu a Natureza
Tais as minhas glândulas endócrinas,
Dando duro vinte e quatro horas
Sem mostrar ressentimento,
Para satisfazer-me, o Mestre,
E manter-Me sempre em boa forma
(não que eu lhes tenha dado as ordens,
pois não saberia o que gritar),
sonhem com uma outra existência
que não a que até então conhecem:
sim, talvez minha carne esteja
rezando para que “Ele” morra
e, livre, Ela possa tornar-se
Matéria irresponsável.
(J.M.J)
W.H. Auden. In.: Poemas. Tradução e introdução de José Paulo Paes e João Moura Jr. SP: Companhia das Letras.


5 Comments:
At 7:44 PM,
Anônimo said…
vim atrás de dois irmaos perdidos (?) no Ceará... podem responder meus emails? já to ficando chateada... beijo grande.
At 1:59 PM,
leonardo marona said…
porra, sensacional essa daí, joão. mas vc podia publicar, já que está contida na apresentação, a tradução - e até mesmo a introdução - do José Paulo Paes e do João Moura Jr. (pros que não sabem inglês, como eu)
beijos, voltei naquela bodega lá que vc me levou, mas dessa vez comi o frango.
leo
At 5:13 PM,
Anônimo said…
Foi mal, Leo, fiquei com preguiça de digitar a tradução. Mas aí vai ela. A introdução não vai dar, pq é mto grande.
beijos. E o trabalho, rolou? Não sabia se vc estava por aqui ainda.
At 2:20 PM,
CFagundes said…
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
At 2:22 PM,
CFagundes said…
Muito bom, porém incrível como a tradução não capta um ritmo, ou um sei lá quê, do poema original.
João, será que você poderia ajustar o link do meu site aí ao lado? Agora é
www.e-squina.blogspot.com
Combinemos uma cerveza por aí, abraço.
Quanto aos gêmeos, desistí de receber alguma novidade. Talvez estejam profundamente envergonhados do passado carioca...
Salve todos, abraços.
Postar um comentário
<< Home