Magnânimo
À flor da boca, a palavra
É dura na demora.
Pedra na garganta
Que se esfarela.
Me fazes
uma
pergunta.
Ao fundo deserto, emerge
flama, chama meu nome (Dani, Dani)
querendo-se, querendo-se
Ela me lambe como tinta de caneta
no papel.
Se perdurar em ondas, no som
da tua boca, teu sonho som de poesia
da outra
ela me redime
(vôo de nudez e silêncio)
porque muda
nasci.
E se tu me ouvires
Nest’outra voz, neste pássaro veloz
Que me canta, na ferida deste pulmão frouxo
que me lembra, é que eu me emaranho como rede
sobre o inalcançável-
desejo-
ausência-
E porque enfim me repele
Sempre já estive calada.
O gosto da palavra
é seco, é magro.
Mais que uma sede,
Mais que uma fome.
A palavra é mais rala que o incorpóreo.
(daniela szwertszarf)
À flor da boca, a palavra
É dura na demora.
Pedra na garganta
Que se esfarela.
Me fazes
uma
pergunta.
Ao fundo deserto, emerge
flama, chama meu nome (Dani, Dani)
querendo-se, querendo-se
Ela me lambe como tinta de caneta
no papel.
Se perdurar em ondas, no som
da tua boca, teu sonho som de poesia
da outra
ela me redime
(vôo de nudez e silêncio)
porque muda
nasci.
E se tu me ouvires
Nest’outra voz, neste pássaro veloz
Que me canta, na ferida deste pulmão frouxo
que me lembra, é que eu me emaranho como rede
sobre o inalcançável-
desejo-
ausência-
E porque enfim me repele
Sempre já estive calada.
O gosto da palavra
é seco, é magro.
Mais que uma sede,
Mais que uma fome.
A palavra é mais rala que o incorpóreo.
(daniela szwertszarf)


2 Comments:
At 3:21 PM,
Anônimo said…
Não nasceste muda, não. Mas continue exercitando essa tua outra voz que é tão bonita também.
At 7:51 PM,
leonardo marona said…
dani, o ritmo e a margem da emoção ficaram aos trompetes. agora, é estranhos como somos tantos. te imagino tão doce, paciente, abraçando toda a falta. bem, talvez seja isso que o poema queira dizer. um beijo.
ps: vc faz muitos desses? espero que não, senão terei que parar...
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