“ode ao onanista”
este esguicho branco-pardo
de tantas tardes de sono
quando as onças dormiam:
jorrar convicto, lacrimoso.
esta gota encorpada
que de nós escorre
e também é bílis:
massa do infinito,
cheiro nauseabundo,
gota pai, gota mãe,
gota imperdoável.
de onde viemos tão tolos,
gota mole, insubstancial?
gota que, quando esgota,
nos torna fósseis de nós.
estribilho transparente
- gota do não me apague.
enquanto de mim esguichares
sem saber se és vida ou vício
escutarei o silêncio cálido
da tua motivação narcísea.
Leo Marona.
este esguicho branco-pardo
de tantas tardes de sono
quando as onças dormiam:
jorrar convicto, lacrimoso.
esta gota encorpada
que de nós escorre
e também é bílis:
massa do infinito,
cheiro nauseabundo,
gota pai, gota mãe,
gota imperdoável.
de onde viemos tão tolos,
gota mole, insubstancial?
gota que, quando esgota,
nos torna fósseis de nós.
estribilho transparente
- gota do não me apague.
enquanto de mim esguichares
sem saber se és vida ou vício
escutarei o silêncio cálido
da tua motivação narcísea.
Leo Marona.