A rotina tem seus encantos

sábado, abril 21, 2007

A hora da poesia


No esgotamento dos minutos em que caminho
descompasso.

Ir não foi.
Arritmo - me
alinho.

(dispara sempre, coração)

Horas afogadas na flor.
Nada é tempo.
É vermelho.

Gasto ruínas
que decaem
orvalhadas, orvalhadas de sussurros
Escavo o onde.
Escavo convexos
no externo
do sentido.
Recôncavos a desdizer,
contradigo.

Reverencio
as pétalas
enterradas
no meu
peito.

Por elas imploro a morte, no casulo
pesadelo, encontrá-las pétalas, onde todos toques faltam, uivam os espectros
dos segredos
a margem da lucidez é um delírio entrechocante de ondas
revoltas
temo ser esta sombria imensa
Compacta,
cercando detalhes de pequena luz, matando-os com meu cancro
em descontrole, respingando
vermes remoídos sobre
o pouco
que restava puro.
Ser este erro crucial
Que se anula, derrame hipnótico, me
Maldiz, essa histeria desfigurada estraga todo o acabamento

Formal
Em que tanto
Me debatia.


Botões de tempo esgotados.


Tratemo-nos
como doentes.

(calma, brinco um pouco,
Brincadeiras de silêncio
Nos arredores do caos.)

É macio retroceder na vida.

Quebra-me
Esta tensão de nos querer.


(daniela szwertszarf)

2 Comments:

  • At 11:28 AM, Anonymous Anônimo said…

    Muito bonito, Dani, muito bonito mesmo. Mas, Caramba, tá tudo torto! "Ir não foi"; "Escavo convexos / no externo / do sentido / recôncavos a desdizer / contradigo", ...

     
  • At 11:44 PM, Anonymous Anônimo said…

    obrigada, joão, tua compreensão foi o melhor elogio. você entendeu a parte que eu ainda não tinha entendido. tudo torto, mesmo, assim tenho me sentido. beijo

     

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