A rotina tem seus encantos

terça-feira, janeiro 30, 2007

Ode an die freude. (Ode à alegria)

O Freunde, nicht diese tone!
Sondern labt uns angenehmere anstimmen
Und freudenvollere!

(Ó amigos, não esses sons!
Cantemos, antes, algo mais agradável e alegre!)


Primeira estrofe do poema de Schiller; coro final da Nona Sinfonia de Beethoven.

Enviado por João.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

“dialética do imponderável”

ou seja, nada daquilo que se faz por nada
com ganas pela substância branca do tédio.
sou precaução viária de corpos em choque,
guardanapos manchados de sustos feéricos
guardados no ventre dos astros que morrem.
comungo mudo e tudo foi sempre tanto que
quanto mais tanto menos comigo consigo e
se fundar meu canto na vida fosse possível,
a ponto de ser alçado livre em estado bruto,
meu tanto que sem elos perdura na medula
seria enfim o mínimo que te necessito nua,
ou seja, tudo daquilo que se faz por tudo.

Leo Marona.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

“Mas o concerto recomeçou e Swann compreendeu que não poderia retirar-se antes do fim daquele novo número do programa. Afligia-o ficar preso no meio daquela gente cuja tolice e ridículo tanto mais dolorosamente o feriam porque ignoravam o seu amor, incapazes, se o conhecessem, de por ele interessar-se e de fazer outra coisa senão sorrir como de uma infantilidade ou deplorá-lo como uma loucura, todos lho faziam aparecer sob um estado subjetivo que só existia para ele, Swann, e de que nada exterior afirmava a realidade; sofria, sobretudo, e a tal ponto que até o som dos instrumentos lhe dava desejos de gritar, de prolongar o seu exílio naquele lugar aonde Odette jamais viria, onde ninguém, onde nada a conhecia, de onde ela estaria de todo ausente.
Mas de súbito foi como se ela tivesse entrado, e essa aparição lhe foi de uma dor tão dilacerante que ele teve de levar a mão ao peito. É que o violino subira a notas altas onde permanecia como para uma espera, uma espera que se prolongava sem que o instrumento cessasse de as sustentar, na exaltação em que estava de já perceber o objeto da sua espera se aproximava, e com um desesperado esforço para durar até a sua chegada, acolhê-lo antes de expirar, manter-lhe ainda um momento com todas as suas derradeiras forças o caminho aberto para que ele pudesse passar, como se sustenta uma porta que sem isso retumbaria. E antes que Swann tivesse tempo de compreender e dizer consigo: “É a sonata de Vinteuil, não escutemos!” todas as lembranças do tempo em que Odette estava enamorada dele e que até aquele dia conseguira manter invisíveis nas profundezas do seu ser, iludidas por aquela brusca revelação do tempo de amor que lhes parecia ter voltado, despertaram e subiram em revoada para lhe cantar perdidamente, sem piedade para com o seu atual infortúnio, os refrãos esquecidos da felicidade.”

[‘No caminho de Swann’ - Proust. – p.201]

Enviado pela Dani Szwertszarf.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

“Ana C.”

a poesia,
se insiste,
se cisma,
(instinto?)
é um passo
na direção
do abismo
(infinito?)
ou então são
dois passos
e um colapso
(suicídio?)
nos casos
de cascos
mais raros
(primitivos?)
ou um coice,
patada de pena,
porque as asas
(comprimidos?)
estão na cabeça
e não nas pedras
portuguesas.

Leonardo Marona.

domingo, janeiro 07, 2007

PAPEL E FOGO

(fragmentos)


***

Segredos anis destoam a paisagem, vasos vermelhos se quebram ao encontro das formas-transformação, ao longo dos ares, os vejo por todo canto, a desvelar o inexistente. Quem quer morrer nas lojas enfeitado de jóias até as ancas largas-douradas? Senhoras-infinito passeiam pelas sombras, enquanto cartazes anunciam a sessão do encontro essencial. É chegado o tempo das hordas de festins enfastiados. Homens de gravata em greve de fome – que amarrem o trabalho ao vôo das lesmas. Para abraçar a multidão é preciso ter sonhos de ouro, braços de magia violeta, manhãs de desolação! Ó, dia que nunca chega! Insuportável beleza de graça! Amores reluzentes! Que nunca mais se veja viçar a hipocrisia. Que nunca mais se assassine um dia como este – tão branco, tão preto! Dia de tua volta, minha delícia. O fim chegou ao fim.


(Desperdícios, desperdícios, desperdícios.)


***

Caminhos arbitrários de mim, fui indo pela alameda que recolhe os mais duros olhares das outras vidas, à margem de um grande acontecimento. Piso nas dores, desdobro meus segundos em borboletas das mais várias cores escapando das minhas mãos, dos pulsos abertos gotejando o vermelho incrível na prévia dos meus passos. Quase como um sussurro, quase como uma sétima maravilha, socorros voejando ao meu redor. A miséria das impossíveis cascatas em desejos de nem o que será nem o que não pode ser. Arrebento a solidão contra a parede do meu quarto. A estase absurda dos objetos trepida. Estou a um passo de.

***

Hoje. Hoje acordei na casa onde nasci. Minha mãe me viu a menina, e eu encolhi no medo do mundo, esta teia das glórias de triplas faces. No colégio da infância, onde aprendi a obedecer, e as menos complexas equações da química moderna – meninos roubavam meu orgulho, no parque das areias revoltas, onde aprendi a brincar. Os professores nunca entraram na conspiração de sonhos típicos que tramamos nos banheiros. Salvo um, salvou-me, ídolo de jeito sisudo no contraste das delicadezas. Aos quinze anos, comecei tudo outra vez, me afoguei nos velhos saberes. A idéia da crítica devorou vestígios da felicidade. Memória d’água em franca ebulição. (Ando à procura da curva em torno de mim.) Quando aprovaram-me para a vida, aos 18, assustei-me diante de minhas artérias entupidas. Nunca havia ouvido sobre o bicho que mora no meu peito, nem a prece contida na respiração acelerada. Sou mesmo uma boneca, e nada de críticas ferozes.


***

Vem-me andando como um balão antigo, o homem blusa vermelha abaixa cabeça branca, eu passo em vias de desfazer-me folhas, nunca o olhei. Hoje chuva duradoura, as promessas se prolongam nos carros indo longe, estou com um frio daqueles de não se ter consolo. Talvez seja a hora do outro, talvez não seja agora. Deixo deixa desleixo, farpas de instantes em roupas surradas, bueiros fundos revelam meninos, minha cidade morre toda manhã. As fachadas ilustres da decadência se refletem no sol a pino. Curto-circuito dos vazios, reflexos lançados ao léu das direções. Nem a noite se acredita, e falta tão pouco para acordarmos. Deixo deixa desleixo, eu prefiro ficar em silêncio, minha vida mingua em cantos indiferentes. Até parece que era para ser tudo importante. Vou esquecer, enquanto atravesso entre as pontes, (e essas ruas que apertam minhas distâncias), como se desaba no caminho que só segue adiante. Tenho levado sustos, a abertura dos olhos não cede espaço, o coração continua apertado.

***

Quando sentes a paixão inflando dentro, os braços segurando a gigante-bolha-firmamento, tu és uma estrela em disparada, luzindo, zindo, záz! – cicios aproximam-se sorrateiros, vozes vazam pelas brechas de quem és, rodeiam teu intenso sentimento, assassinando-o pelos limites. Louvemo-los. São os carrascos da pequenez. Inocentes como vampiros infantes. Freiam-no antes que lhes atropele. Nem no inferno há lugar para ti. Ecos, amigos, fantasmas, vindos de mundos distantes onde a lei é que se esconda cada coração em celas de celas de celas (...), súbito emergem como bocas do abismo: nada é novo, nesta vida, não te inquietes. Já já verás o sofrimento mais terrível, aquele que nunca chega, só se anuncia. Vês a ti mesmo, então, vivendo atrás dos ecos, fugindo e esperando. Trancado no preciso entre, uma precisa confusão, um preciso tormento de segredos. Segues entre segredos que te espreitam pelos rastros dos teus passos. Se deixas aberta a porta, vês logo minguar tua flama, fogo tíbio. Impotência atroz calando teus gestos. Respiras, então, respiras forte, infla teu vazio, somos amigos rarefeitos submersos no sonho colorido. Somos compactos e pesados, enveredados por uma grande lógica. Tacanhos e diminutos frente ao exército das solidões embotadas. Renego, nego, negro doce sabor de viver. Martelo contra a minha rotina o quadro dos hábitos, quadrado dos atos. Estou segurando os afetos em derrisão. Estou com medo da liberdade. Um resto de voz tímida luta contra este inferno, elege-me a mais doce, mais bonita, mais valiosa peça do salão dos espíritos ermos, ébrios, eus.

***

Não quero fórmulas para nenhuma vivência – acontecer em plena desatenção – pontos de prata-estelar estourando nos tímpanos de ébano contidos sobre as calçadas – ouvir o estrondoso acorde de sublimes efeitos – portões de ferro abrindo-se no meu peito. Banhar-se com o desenconto dos acasos de verão. Destituir as ausências de seus sentidos profundos, sorrindo largamente para qualquer estribilho - desinventar inteligências, parir dez noites por dia, ao longo das alegrias surpreendidas com o ar. Por que decolar hoje, se o amanhã predestinado aos futuros exatos? Por que não aprender com a cegueira de ninfas em eterna grega flor? Vou desinventar a beleza até que tudo decida começar em mim. Despojada enfim de todo orgulho – o anúncio da minha libertação. Da bagunça monumental de caminhos evolui um cheiro de algo antigo esquecido dez-mil anos por minuto, todos os perdões por tempestade.

***

Quanto mais segredos ela acumulava, mais sua fisionomia acusava uma distância. Querer chegar-lhe perto, com um carinho como se eu fosse uma santa, idólatra profana de vidas mal-tratadas, era escancarar no impossível um rosto de monstro adormecido pelos anos imprensados entre mentiras e despautérios. Ela sabia, eu sorria, já virando para o próximo passo, com uma janela a mais fechada nas minhas mãos, outro não, apenas, e tudo seguia como uma grande indiferença.

***

As manifestações naturais, mais escassas e mais, quando apareciam, como uma verdade contida rompendo um muro de ferro, me flagravam num desentendimento infantil, que eu logo convertia numa fortaleza construída ao redor da área de possível invasão, até que, numa compreensão deslizando suave até me alcançar, envelhecer para mim significava a gradual vitória do meu vício sobre a minha inocência, e morrer não seria mais a entrega dos meus tormentos à sua desaparição, mas a compreensão do meu avesso no seu não ser, e eu não morreria por não haver mais eu.

***

Contornos se liberam no espaço, formas se amparam (se derruindo para se encontrar), num amálgama de cores velado pela minha desatenção. Desalinho do teto, arestas se desapegam, decaindo em cascatas de pouca fluidez. O devagar concede elegância a esta queda. Dança de linha retas. Crise da estrutura. Estamos em todos os quartos, quase no tempo do mesmo. Aqui, logo ali, como nos fugindo, nos encontrando, sem atalhos, só os brutos caminhos. Paredes de intenso brilho branco, gigantes placas de resinas plásticas, rearrumam-se, recriando os limites – no acompanhamento de sua presença. Labirinto disperso num rearranjo por ti guiado. Sempre dando-lhe passagem. Você, suave alabastro em movimento, cabelos negros e flores vermelhas decalcadas pela pele nua, no seu andar ganha relevo o meu carinho por todas as coisas do mundo.

***

Você não quer que eu morra, e eu vou morrer. Deixe-me morrer como rios ressecam. Veja meu rosto cru. Árvores dilatadas nos braços; pelas pernas, filetes de roxo-prateado. Veja-me mil anos, ama-me ainda mais.

***


(daniela szwertszarf)
Mão dupla

Vai com um pé dentro e,
o outro, dentro de coisa outra.
Como se calçasse sapatos
de diferentes pares
para andar às margens da lagoa

Cada passo a seu peso,
cada tempo a seu compasso.
Ele caminha em duas direções,
a um passo de perder o próprio rumo
para o acaso.

Peço que fique descalço,
para sentir o plexo da terra:
a melhor vitrine de sapatos.

Cecilia.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

PAPEL E FOGO

(fragmentos)


***

Um arco tenso fecha em 360 graus. Pai. Dentro dele, um vermelho esparramado tende às suas bordas circulares. Mãe. Esta é a auréola que coroa o filho à prisão dos seus sonhos. Há algo na morte que se assemelha a esta tensão do círculo atento aos que lhe escapam. O desespero sublinha os pés do filho, equilibrista sobre o amar e a liberdade.

***

Toda molhada, a cidade faz nanquim das luzes em movimento. A noite contrasta com o asfalto, preto sobre preto. Os carros freiam amontoados por uma rua que sobe plana pelos meus olhos desiguais, as luzes se arrastando – súbito sustém, sustenidas, estridentes. Tudo pára neste assobio. Bolotas vermelhas pelo ar, sombras borradas estiradas pelas poças. Sorrio para uma eternidade torpe. Ela é linda. A tarde fora embora, suavemente, numa fumaça embaçando o horizonte, a perdida precisão do cinza, tudo quer ser um. Ela faz nanquim das luzes em movimento, ela é linda.

***

Houve um determinado momento, alguém me disse quem eu era, e minha chaga abriu-se. Foi de repente, numa palavra, num gesto, num acidente qualquer, não disse muito nem disse pouco, foi além dele, para aquém de mim mesmo, eu olhava vendo o que acontecia, meus braços caindo, minhas pernas ficando para trás, correndo desesperadamente da minha fuga, eu e a minha chaga púrpura correndo pela rua, logo vejo, o borrão alastrado no meu peito, a rua nem existe mais. Uma outra marca, eu vou carregando.

***

Haste corcunda atira jatos de delírios-verdade ao seu extremo – mas não larga este quase desabrochar. Nevascas de orquídeas em fileiras lamentam-se com seus olhos de fogo. Flocos amplos no contorno da visão, milágrimas, dom de detalhes. Gélida distância suspensa ao redor deste lânguido fuzuê inventado pela divindade das notas-repetições.


(daniela szwertszarf)

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Os Limões

Escuta-me, os poetas laureados
circulam apenas entre plantas
de nomes pouco usados: buxeiros, alienas ou acantos.
Eu, por mim, prefiro os caminhos que levam às valas
cheias de mato onde em lamaçais
já meio secos meninos apanham
alguma esquálida enguia:
as trilhas que bordejam os taludes descem por entre os tufos de caniços
e se metem nas hortas, entre os pés de limão.

Tanto melhor se a algazarra dos pássaros
se dissipa engolida pelo azul:
mais claro se escuta o sussurro
dos galhos amigos no ar que mal se move,
e as sensações deste cheiro
que não se larga da terra
e faz chover no peito uma doçura inquieta.
Aqui se cala por milagre
a guerra das desencontradas paixões,
aqui até a nós, os pobres, toca uma parcela de riqueza
e é o cheiro dos limões.

Vê, neste silêncio no qual as coisas
se entregam e parecem prestes
a trair o seu último segredo,
às vezes esperamos
descobrir um defeito da Natureza,
o ponto morto do mundo, o elo que não prende,
o fio a desenredar que enfim nos leve
ao centro de uma verdade.
O olhar perscruta em volta,
a mente indaga concerta desune
em meio ao perfume que se espalha
enquanto o dia enlanguesce.
São os silêncios em que se vê
em cada sombra humana que se afasta
alguma Divindade surpreendida.

Mas a ilusão se desfaz e o tempo nos devolve
à cidade ruidosa onde o azul mostra-se
apenas por retalhos, no alto, entre as cimalhas.
Castiga a chuva a terra, então; se espessa
o tédio do inverno sobre as casas,
a luz torna-se avara — a alma, amarga.
Quando um dia de um portão mal fechado
entre as árvores de um pátio
nos surge o amarelo dos limões;
e no coração o gelo se dissolve,
e no peito estalam
suas canções
as trombetas de ouro da solaridade.

Eugenio Montale (tradução: Geraldo H. Cavalcanti).

terça-feira, janeiro 02, 2007

os malditos não choram ou elegia ao pão de cada dia

dedicado a John Coltrane e Tia Mulata


pão beijo na boca padaria madrugada café na cama ereção matinal namorada filé com fritas tédio fugidio declínio cama levita uivo desejo pálido copula evita destino trágica relação mutante orgulho cálido ovulação borbulhante de pus sangue escárnio casamento.

pão bebum no ralo da sinuca bafo de pinga punho escarro fétido na cara tapa de quem parece tua própria cara lavada amarga verniz da morte acalentada acende desfiladeiro armas e corações partidos copos de vidro mesas onde brindávamos até o fim da noite amizade.

pão passo firme no soalho ímpeto de mãos vazias prantos pavor pecado bafo frio cigarro longas unhas curvas túmulos dos teus desejos medonhos sonhos cultivados para sempre serem roídos ombros contrações latentes do teu sorriso sujo guardado junto do teu contato em esponjas de sol luz de banho sob olhar preguiça que guardava costas até noite quando sinais repetem sonhos que se repetem sou inútil sem tuas sardas no meu travesseiro.

pão trás leva esconde pecado perdão diário de dó de ló mentiras e alho no ritmo do vai e vem no nó da aureola do diamante intacto recente maculado a cada pão que sopra hálito diabo nas orelhas maltratadas por razões entranhas estranhas ao próprio diabo que é você mesmo com um saco de pão nas mãos voltando pela madrugada cara lavada perfumada outra para cair nos braços da mesma maior pecadora que aceita recolhe cacos das fatia de amor sobra da devassidão.

pão eterno cúmplice único a quem não precisamos jamais perdoar por seus farelos ou pedir perdão pelos sacos escuros onde os guardamos à noite quando só as formigas se mexem para sempre abandonados capachos da dor a quem muitos murmuram destinos e pecados.

Leo Marona
Hope is the thing with feathers
that perches in the soul
and sings the tune without the words
and never stops at all.

and sweetest in the gale is heard.
and sore must be the storm
that could abash the little bird
that kept so many warm.

I've heard it in the chillest land
and on the strangest sea.
Yet, never, in extremity,
it asked a crumb of me.

(A esperança é um ente com penas
que na alma pousa.
e entoando cantiga sem palavras
jamais repousa.

o seu canto é mais doca em pleno vento.
só a violenta procela é que arrefece
e intimida o pequenino pássaro
que a tantos aquece.

nos mares mais estranhos eu o vi
e em terras geladas.
Contudo mesmo em situações extremas
jamais me pediu nada.)

Emily Dickinson. In: Eliot, Dickinson e Depestre: seleção. Tradução Idelma Ribeiro de Faria.